terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fluido quente


Forma escura e imovel

inerte em todas as cores

sacodes sem agitar

anseados aromas e sabores



aspiro no teu quente

ao conforto e ao prazer

libertas no meu sentir

a verdade do teu ser



transforma-se entao o gosto

adocicas-me o paladar

insisto em bisarias

ate ao fundo parar



dou por mim sustentado

por uma vontade que desvanece

somo entao mais um bocado

e tudo isto reaparece



nao fora o mal repetir

na busca de igual sensacao

mas o cafe tem disto

poe-me o corpo em ebulicao



o tremer ainda chegava

alem das moedas a fugir

o mal esta na maquina

a este amor nao reagir

domingo, 4 de novembro de 2007

Mania Parva


Balanceavam com sequência
na companhia dos passos
ao ritmo da fina anca
e sem atritos falsos

No passar dos dias
o compasso lentamente se desordenou
apaga-se o figurino de outrora
Adeus ao parvo que se babou

Não sei se por vaidade
Ou por efémeras virtudes
mas nunca ninguém sentiu
os grandes seios da Gertrudes