terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fluido quente


Forma escura e imovel

inerte em todas as cores

sacodes sem agitar

anseados aromas e sabores



aspiro no teu quente

ao conforto e ao prazer

libertas no meu sentir

a verdade do teu ser



transforma-se entao o gosto

adocicas-me o paladar

insisto em bisarias

ate ao fundo parar



dou por mim sustentado

por uma vontade que desvanece

somo entao mais um bocado

e tudo isto reaparece



nao fora o mal repetir

na busca de igual sensacao

mas o cafe tem disto

poe-me o corpo em ebulicao



o tremer ainda chegava

alem das moedas a fugir

o mal esta na maquina

a este amor nao reagir

domingo, 4 de novembro de 2007

Mania Parva


Balanceavam com sequência
na companhia dos passos
ao ritmo da fina anca
e sem atritos falsos

No passar dos dias
o compasso lentamente se desordenou
apaga-se o figurino de outrora
Adeus ao parvo que se babou

Não sei se por vaidade
Ou por efémeras virtudes
mas nunca ninguém sentiu
os grandes seios da Gertrudes

domingo, 28 de outubro de 2007

Intrometida

Querido croquete
não fiques desapontado
nunca foi meu intento
seres por mim partilhado
mas as trincas deixadas
não viram marcas dos meu dentes
a culpa deixo as formigas
que deixam qualquer um dormente

Questionei uma pelo que fez
Sem pestagenar respondeu
"Man! Isto pode ser grande
Mas não e tudo teu!!!!"

Coisas da chuva


Sempre que pinga

e por mais que não queira

há sempre uma gota

que pela meia se esgueira


Perco a secura

deixo de ter o pelo quente

e apesar de todos os cuidados

falta pouco para dar ao dente

temo pelo meu futuro

será provável ficar doente

mas fica aqui o aviso

no espirro não há mão a frente!


Saúde!!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O marinheiro encalhado


revira e vira a brisa,

solta-se o rumo

agita com forca a vela

mas do fio preto só fumo



pavio e o nome

na cera enterrado

perdeu a luz que deu

neste mar apagado



o farol esfumou-se

findou o caminho iluminado

se pagar a conta da luz

amanha estarei embarcado

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Verso da camisa


A camisa pode ter verso

Nao sei donde veio a rima

Os botoes nao dao acerto

Nem com o colarinho em cima


Dispo o cotovelo

Mostra-me o meio braco

Chamo a outra manga

Levo-a comigo ao terraco


De la vejo a luz

o cheiro aqui mudou

vi que levantei o braco

foi o sovaco que falou

Ode a D. Elvira


D. Elvira nao esperou

A demora ela nao viu

Os ponteiros la ficaram

e a corda partiu


Pinga Pinga

Pinga Amor

Porque vertes tanto

Onde andas tu canalizador


Estrelado era o ovo

amarelo como sol

de sabor tens muito

Obrigado colestrol

Pffffff


Gimbra Gimbra

Carrossel!!!!

Atira-me uma abelha

Ata-me ai o cordel


Cheira a ervilha

Logo dedo no repasto

Tinha resto do nariz

Que nefasto!!!!

Louvor aos Xones









Esquecam o juizo,
Esquecam a razao,
Vitaminas fora,
Nem que sejam do limao

Os batraquios pulam
as ras dancam
com tanta agua pelo meio
so os peixes nao cantam

Corta o pelo
Nao sejas tapete
Vinga a cara limpa
e deixa crescer o verdete