domingo, 15 de fevereiro de 2009

V Imperio


Em palavras idas

Prometeram um império

não sendo materia fingida

prometia ser assunto serio

 

As bandeiras eram muitas

excediam-se com o foclore

mas com um golo sofrido

esfumava-se com ele o amor

 

Confirmei, porem,

que nada disto tinha sentido

caminho unico nao havia

e o prometido estava perdido

 

Os culpados eram muitos

E alguns desde sempre

Nao valia os egrégios avos

Nem sequer a nacao valente

 

Quando chamados a razao

Todos escapavam com largueza

Com Principios passados

a correria era uma certeza

 

Vejo só que pervalece 

a de sempre nossa intenção

rendermo-nos ao umbigo

e esgueirar-nos pela ambição 

 

Reduzo-me, entao, a condicao

de almejar enteder

se um dia queremos algo mais

e talvez um dia vencer

 

Abandono tais ideias

Ate perece coisa de outrora

Nao e pelo preconceito

Mas o jantar ja demora

 

Nestas coisas sou pragmatico

Mas vale uma boa garfada

O pais pode esparar

A espera de outra jogada

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Fluido quente


Forma escura e imovel

inerte em todas as cores

sacodes sem agitar

anseados aromas e sabores



aspiro no teu quente

ao conforto e ao prazer

libertas no meu sentir

a verdade do teu ser



transforma-se entao o gosto

adocicas-me o paladar

insisto em bisarias

ate ao fundo parar



dou por mim sustentado

por uma vontade que desvanece

somo entao mais um bocado

e tudo isto reaparece



nao fora o mal repetir

na busca de igual sensacao

mas o cafe tem disto

poe-me o corpo em ebulicao



o tremer ainda chegava

alem das moedas a fugir

o mal esta na maquina

a este amor nao reagir

domingo, 4 de novembro de 2007

Mania Parva


Balanceavam com sequência
na companhia dos passos
ao ritmo da fina anca
e sem atritos falsos

No passar dos dias
o compasso lentamente se desordenou
apaga-se o figurino de outrora
Adeus ao parvo que se babou

Não sei se por vaidade
Ou por efémeras virtudes
mas nunca ninguém sentiu
os grandes seios da Gertrudes

domingo, 28 de outubro de 2007

Intrometida

Querido croquete
não fiques desapontado
nunca foi meu intento
seres por mim partilhado
mas as trincas deixadas
não viram marcas dos meu dentes
a culpa deixo as formigas
que deixam qualquer um dormente

Questionei uma pelo que fez
Sem pestagenar respondeu
"Man! Isto pode ser grande
Mas não e tudo teu!!!!"

Coisas da chuva


Sempre que pinga

e por mais que não queira

há sempre uma gota

que pela meia se esgueira


Perco a secura

deixo de ter o pelo quente

e apesar de todos os cuidados

falta pouco para dar ao dente

temo pelo meu futuro

será provável ficar doente

mas fica aqui o aviso

no espirro não há mão a frente!


Saúde!!!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O marinheiro encalhado


revira e vira a brisa,

solta-se o rumo

agita com forca a vela

mas do fio preto só fumo



pavio e o nome

na cera enterrado

perdeu a luz que deu

neste mar apagado



o farol esfumou-se

findou o caminho iluminado

se pagar a conta da luz

amanha estarei embarcado

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Verso da camisa


A camisa pode ter verso

Nao sei donde veio a rima

Os botoes nao dao acerto

Nem com o colarinho em cima


Dispo o cotovelo

Mostra-me o meio braco

Chamo a outra manga

Levo-a comigo ao terraco


De la vejo a luz

o cheiro aqui mudou

vi que levantei o braco

foi o sovaco que falou